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Amamentação

© Equipe Editorial Bibliomed

Neste artigo:

- Introdução
- O leite materno
- Função imunológica
- Benefícios do aleitamento materno
- Dificuldades para amamentar
- Impedimentos para amamentação
- Doação de leite materno
           
Introdução

A Semana Mundial de Aleitamento Materno (SMAM) é comemorada na primeira semana de agosto e tem por objetivo estimular o aleitamento materno, prática que traz benefícios para saúde da mãe e do bebê.

O leite materno

O leite materno é um dos alimentos mais ricos em nutrientes que se tem conhecimento. Sua composição é considerada ideal para o crescimento e desenvolvimento do bebê nos seis primeiros meses de vida, período no qual é recomendado como o único alimento a ser oferecido à criança.

O leite materno evolui conforme o crescimento do bebê. Nos sete primeiros dias, é chamado de Colostro, que é rico em proteínas. Do 7º ao 21º dia, recebe o nome de “Leite de transição”, período durante o qual as proteínas e minerais reduzem e as gorduras e carboidratos aumentam. Por fim, a partir do 21º dia, recebe o nome de “Leite maduro”, cuja composição é mais estável.

Durante a mamada, o peito libera primeiro um componente mais aguado, que serve como hidratação para o organismo do bebê, por isso não é necessário oferecer água à criança. Após a hidratação, o organismo da mãe libera um leite mais espesso que tem como função alimentar.

Função imunológica

Além dos componentes básicos, como gorduras, proteínas e carboidratos, o leite materno tem aminoácidos essenciais que atuam na proteção e transporte de hormônios e vitaminas. Ele carrega, também, anticorpos produzidos pelo organismo da mãe, fortalecendo, assim, o organismo do bebê.

Entre os componentes com fatores protetores que se pode encontrar no leite materno estão: alfa-lactoalbumina; células-tronco; linfócitos T; imunoglobulinas (IgA, IgG, IgM e IgD); macrófagos e neutrófilos; lactoferrina; citocinas; defensinas; fatores de crescimento; e imprinting metabólico.

Existem estudos que vinculam a ausência do aleitamento materno com maiores taxas de infecções, cânceres, diabetes, doenças respiratórias, doenças gastrointestinais, e meningite, entre outros.

Benefícios do aleitamento materno

O aleitamento materno traz benefícios para a mãe e para o bebê. Para a primeira, amamentar ajuda no combate da hemorragia pós-parto e acelera a recuperação, auxiliando, também, a perder o peso adquirido durante a gestação, e na diminuição do risco de câncer de mama, endométrio, ovário e do diabetes. Já para o bebê, ajuda na prevenção de doenças, alergias, cólica e diminui a taxa de mortalidade.

Dificuldades para amamentar

Algumas mulheres podem ter problemas durante a amamentação. Entre as mais comuns estão rachaduras no peito, produção insuficiente de leite, o chamado “empedramento” do leite, dor  durante a amamentação e desidratação da mãe.

Esses sintomas dificultam a amamentação e podem desestimular muitas mães a continuarem alimentando seus filhos exclusivamente no peito. Contudo, apesar de comuns, tais sintomas podem ser prevenidos e tratados.

A pega incorreta do peito (que ocorre quando o bebê coloca apenas o mamilo na boca) e a não hidratação, tanto da pele da mama como do organismo em geral, podem ser consideradas as principais causas desses problemas. Deve-se sempre consultar um médico caso haja problemas com a amamentação.

Impedimentos para amamentação

Apesar da recomendação da OMS para amamentação exclusiva até os seis meses, e da manutenção até que a criança complete dois anos ou mais, existem casos onde a mulher não pode amamentar por risco para o bebê.

Mulheres soropositivas, ou seja, que possuem o vírus HIV, podem ter filhos saudáveis caso façam o tratamento correto. Contudo, elas não podem amamentar, uma vez que o vírus pode ser transmitido via leite materno. O mesmo ocorre com mulheres com hepatite.

Algumas doenças, como a tuberculose, permitem a amamentação caso estiverem em tratamento correto, mas recomenda-se conversar com o médico para tomar tal decisão.

Cirurgias plásticas na mama, como implantes de silicone e mamoplastias redutoras podem dificultar ou impedir a amamentação. Nestes casos, o médico deve monitorar a aleitamento para saber se o bebê está recebendo leite suficiente.  

Algumas doenças que surgirem durante a amamentação, bem como a adoção de alguns medicamentos, podem impedir temporária ou permanentemente a amamentação, sendo necessário, sempre, consultar um médico.

Doação de leite materno

Como algumas mães não conseguem ou não podem amamentar seus filhos, existem as fórmulas, que, apesar de ajudarem na suplementação da alimentação dos bebês, não contêm todos os nutrientes do leite materno. Por isso, existem os Bancos de Leite Materno, que estocam leite doado por mulheres com produção superior às necessidades de seus bebês.

No site da Rede Global de Bancos de Leite Humano é possível encontrar informações de como ser uma doadora ou conseguir leite. Você pode acessá-lo AQUI.

Copyright © 2017 Bibliomed, Inc.                       01 de agosto de 2017