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Transtorno do Espectro do Autismo

© Equipe Editorial Bibliomed

Neste artigo:

- Introdução
- Causas
- Sintomas
- Diagnóstico
- Tratamento

Introdução

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é o termo utilizado para reunir um conjunto de desordens do desenvolvimento neurológico presentes desde o nascimento ou começo da infância, sendo essas: Autismo Infantil Precoce, Autismo Infantil, Autismo de Kanner, Autismo de Alto Funcionamento, Autismo Atípico, Transtorno Global do Desenvolvimento sem outra especificação, Transtorno Desintegrativo da Infância e a Síndrome de Asperger.

É uma condição que afeta a capacidade do indivíduo em se comunicar e relacionar com outras pessoas, cujos sinais costumam surgir antes dos três anos de idade. A severidade do transtorno varia, sendo que algumas crianças precisam de assistência em praticamente todos os aspectos do dia a dia, ao passo que outras conseguem frequentar escolas normalmente.

Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam aproximadamente 1% da população mundial esteja dentro do espectro do autismo, a maioria ainda não diagnosticada. Em muitos casos, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem resultar em adultos independentes e felizes.

Causas

Ainda não estão claros os motivos que levam ao desenvolvimento do autismo. Estudos apontam que fatores genéticos podem estar relacionados à maioria dos casos, mas fatores ambientais, como idade paterna avançada ou o uso de ácido valpróico na gravidez, também parecem ter relação com o TEA. Atualmente, existem 913 genes já mapeados e implicados como fatores de risco para o transtorno.

Sintomas

Geralmente, os sintomas do autismo começam a aparecer quando a criança tem um pouco mais de um ano de idade. Alguns sintomas, como irritabilidade, agitação, autoagressividade, hiperatividade, impulsividade, insônia e desatenção podem estar relacionados ao autismo.

Crianças com TEA geralmente têm dificuldade em manter contato visual; podem não atender quando chamados pelo nome; têm tendência a alinhar objetos, seguirem rotinas e a isolar-se ou a não interessar-se por outras crianças; podem também fazer movimentos repetitivos sem função aparente, repetir frases ou palavras em momentos inadequados ou sem função, ou não compartilhar seus interesses, apontando para algo em vez de verbalizar.

Diagnóstico

Não existem exames laboratoriais capazes de determinar a presença ou ausência da doença. O diagnóstico é feito a partir observação atenta por um Psiquiatra, com base em critérios bem definidos pela Sociedade Brasileira de Psiquiatria e pela Academia Americana de Psiquiatria da Criança e do Adolescente (American Academy of Child and Adolescent Psychiatry ou AACAP).

Tratamento

O TEA não tem cura. Alguns sintomas podem ser tratados com medicamentos, como como irritabilidade, agitação, autoagressividade, hiperatividade, impulsividade, insônia e desatenção. Contudo, o tratamento farmacológico por si, além de não ser indicado para todos os casos, não funciona sozinho. O tratamento do TEA deve ser multidisciplinar, envolvendo médicos, psicólogos, pedagogos, fonoaudiólogos e fisioterapeutas, e deve respeitar sempre o limite de cada indivíduo. Quando as intervenções são feitas precocemente, existe uma boa chance de a criança conseguir melhorar sua interação com o meio no qual vive.

Copyright © Bibliomed, Inc. 01 de abril de 2020