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Câncer Colorretal

© Equipe Editorial Bibliomed

Neste Artigo

- Qual a gravidade?
- Quais os fatores de risco?
- Quais os sintomas do Câncer Colorretal?
- Como é feito o diagnóstico?
- Quais os estágios da doença?
- Como é feito o tratamento?
- Como é feito o tratamento de acordo com o estágio?
- Quais os efeitos colaterais do tratamento?
- Como é feito o acompanhamento?
- O que perguntar numa consulta quando se suspeita de câncer no cólon ?
- Como prevenir?

Alguns pacientes com suspeita de Doença de Crohn podem, na verdade, estar sofrendo de Câncer Colorretal. Por isso, ter pleno domínio sobre o que é, quais a manifestações e o que fazer na eventualidade de uma virada no diagnóstico é fundamental.

O câncer do intestino grosso (ou cólon ou câncer colorretal) é um dos cânceres mais comuns do mundo, acometendo homens e mulheres sem distinção, sendo mais freqüente em pessoas acima de 50 anos de idade. Acredita-se que esteja relacionado a uma dieta rica em gordura e pobre em fibras.

A maioria dos tumores colorretais evolui a partir de pólipos adenomatosos (pequenos tumores benignos derivados de glândulas intestinais, possuem aparência arredondada / cilíndrica) que se desenvolvem na membrana mucosa do intestino grosso. Pólipos do tipo viloso (achatados) têm um maior potencial para malignidade. Quanto maior o pólipo, mais perigoso (especialmente acima de 2,5 cm). A evolução do pólipo até o estágio de câncer leva em geral de 5 a 10 anos.

Qual a gravidade?

Infelizmente, a maioria dos cânceres colorretais é detectada muito tarde e a sobrevida média é de 50% - ou seja, apenas metade das pessoas com câncer colorretal estarão vivas 5 anos após o diagnóstico, independentemente do tratamento instituído. É óbvio que o prognóstico é tão mais favorável quanto mais precoce for a detecção do tumor.

A idade não é um fator importante na chance de cura. A chance de sobreviver a um câncer colorretal é menor se houver obstrução ou perfuração do intestino, ou se o câncer se espalhou para além do intestino. O tratamento pode prolongar a vida mesmo quando o câncer já está disseminado.

Estima-se que apenas o câncer de pulmão cause mais mortes que o câncer colorretal. Por outro lado, nos últimos 20 anos, a mortalidade deste câncer diminuiu em 25% entre as mulheres e 33% nos homens.

Quais os fatores de risco?

Não se sabe exatamente o quê causa o câncer colorretal. Contudo, os cientistas conseguiram definir alguns fatores de risco que podem aumentar a chance de uma pessoa desenvolvê-lo.

A presença de um ou mais destes fatores de risco não é garantia de que a pessoa irá desenvolver câncer colorretal, apenas aumenta suas chances. Em caso de dúvida, converse com seu médico sobre o assunto.

Câncer Colorretal: fatores de risco

Idade

O câncer colorretal se torna mais comum à medida que se envelhece. A doença é mais comum nas pessoas acima de 50 anos de idade. Entretanto, pode ocorrer em pessoas mais jovens e, raramente, em adolescentes.

Dieta

Dietas pobres em fibras e ricas em gorduras e calorias são um fator de risco importante. Estão sendo realizadas pesquisas avaliando como estes e outros fatores dietéticos atuam no desenvolvimento do câncer colorretal.

Pólipos

Estruturas benignas que crescem na parede interna do cólon e do reto, bastante comuns em pessoas com mais de 50 anos de idade. Alguns tipos de pólipos (vilosos) aumentam o risco de câncer. Uma doença rara, chamada Polipose Familiar, faz com que se formem centenas de pólipos no cólon e no reto. Quando não tratada, apresenta grandes chances de evoluir para câncer colorretal.

Antecedentes pessoais

Mulheres com antecedentes de câncer de ovário, útero ou mama apresentam uma chance um pouco maior de terem câncer colorretal. Ainda, uma pessoa que já teve um câncer colorretal, pode desenvolvê-lo novamente.

Pessoas com Doença Inflamatória Intestinal, especialmente Retocolite Ulcerativa, possuem um risco 3 vezes maior para câncer colorretal. Ainda assim, sabe-se que 90% destas pessoas jamais desenvolverão este tipo de tumor.

Antecedentes familiares

Parentes de primeiro grau (pais, irmãos, filhos) de uma pessoa com câncer colorretal apresentam uma chance maior de desenvolver este tipo de câncer, especialmente se o parente acometido teve a doença ainda jovem.

Alterações genéticas

Apesar de ainda estarem em fases de testes, os testes genéticos para câncer colorretal prometem chegar ao mercado mais breve do que se esperava. Estes testes terão especial utilidade para os casos de câncer hereditário que não se desenvolve a partir de pólipos – ou seja, a detecção das lesões através de outros métodos, como colonoscopia, em geral não é bem sucedida, uma vez que a lesão é maligna desde o início, não passando pela fase de pólipo. As principais alterações pesquisadas são nos genes hMSH2 e hMLH1. Estes testes permanecem restritos às instituições de pesquisa e em famílias com alta prevalência de câncer colorretal. Os cientistas estão procurando determinar exatamente quais alterações nestes genes aumentam o risco para o câncer.

Quais os sintomas do Câncer Colorretal?

Os sinais e sintomas mais comuns do câncer colorretal são:

• Mudança nos hábitos intestinais;
• Diarréia, constipação ou sensação de que o intestino não é esvaziado completamente;
• Sangue vermelho vivo ou escuro nas fezes;
• Fezes mais finas que o usual;
• Gases, distensão ou cólicas abdominais;
• Perda de peso sem motivo;
• Cansaço constante;
• Vômitos.

Muitos pacientes não apresentam qualquer sintoma até que o tumor já esteja bastante avançado. O sangue encontrado nas fezes é um sinal presente em quase todos os cânceres intestinais, mas também pode ser causado por hemorróidas, fissuras pequenas no reto ou no ânus, e diverticulose, entre outros. As fezes podem ficar avermelhadas após ingestão de certos alimentos. Vitaminas contendo ferro e medicamentos com subsalicilato de bismuto podem fazer com que as fezes se apresentem escurecidas.

Câncer Colorretal: sintomas mais comuns de acordo com a localização do tumor

Tumores no Ceco e no Cólon Ascendente (cólon direito)

Os tumores nesta posição não alteram com muita intensidade os hábitos intestinais ou a formação das fezes. Contudo, eles podem causar um sangramento crônico ou intermitente. Apesar da aparência normal das fezes, os pacientes podem apresentar sintomas de anemia e deficiência de ferro (fraqueza, palpitações e cansaço aos pequenos esforços).

Tumores no Cólon Transverso

Pode haver evacuações com sangue, cólicas, formação excessiva de gases, obstrução parcial ou completa e até mesmo perfuração intestinal.

Tumores no Cólon Descendente e Reto (cólon esquerdo)

O tumor causa estreitamente do intestino, levando à formação de fezes mais finas que o habitual (como lápis). Dor e sensação de "enchimento": o indivíduo sente a necessidade de defecar, mas não consegue eliminar as "fezes" – na verdade, a sensação é causada pelo tumor, que ocupa o lugar das fezes e desencadeia o reflexo de defecação. Os tumores nesta porção do intestino grosso também podem sangrar, mas geralmente são diagnosticados antes que causem sintomas de anemia.

Como é feito o diagnóstico?

As pessoas que apresentam qualquer um dos Fatores de Risco, devem consultar um médico para saber como proceder. Os testes citados a seguir são utilizados para detectar pólipos, cânceres ou outras anormalidades, mesmo em pacientes que não apresentam qualquer sintoma.

Pesquisa de sangue oculto nas fezes

Os tumores de intestino grosso podem provocar pequenos sangramentos intestinais que são detectados por este teste. Se positiva, a pesquisa de sangue oculto não sela o diagnóstico de câncer, apenas indica a necessidade de exames mais sofisticados. Esta análise é indicada na triagem de grandes grupos populacionais, selecionando os indivíduos que necessitam uma avaliação mais detalhada. As fezes podem ser colhidas no momento do toque retal, não havendo necessidade de dieta prévia.

Retossigmoidoscopia

Exame do reto e do sigmóide (porção mais inferior do cólon) utilizando um instrumento chamado Retossigmoidoscópio, que pode ser rígido ou flexível. Possibilita realizar biópsias e retirar pequenos pólipos.

Colonoscopia

Exame do reto e de todo o cólon utilizando um instrumento chamado Colonoscópio. É o melhor exame para avaliar lesões no intestino grosso. Possibilita realizar biópsias e retirar pequenos pólipos. Muitos especialistas afirmam que este exame deve ser realizado rotineiramente (a cada ano) em todos os indivíduos com fator(es) de risco para câncer colorretal.

Enema baritado

O paciente recebe uma lavagem intestinal baixa (enema) com uma solução contendo bário. Após isto, realiza-se uma série de radiografias para delinear o cólon e o reto. Permite ao médico diagnosticar estreitamentos, vegetações, divertículos e outras lesões no intestino grosso.

Toque retal

O médico coloca uma luva lubrificada e faz um toque do reto com o indicador, procurando alterações. Apesar de todo o constrangimento que possa existir numa consulta ao Coloproctologista, não vale a pena "morrer de vergonha". O toque retal também avalia as condições da próstata nos homens.

Quais os estágios da doença?

Na presença de um diagnóstico de câncer colorretal, o médico precisa determinar o estágio (extensão) da doença. O Estadiamento é uma tentativa de se descobrir se o câncer disseminou e, se isto ocorreu, quais partes do corpo foram acometidas. O Estadiamento ajuda o médico a planejar o melhor tratamento.

• Estágio 0: câncer inicial, limitado à camada mais interna do intestino (mucosa).
Estágio I: câncer um pouco mais profundo, ultrapassando a mucosa.
Estágio II: tumor ultrapassou as paredes do intestino e disseminou para tecidos vizinhos, mas ainda não acometeu os gânglios da região.
Estágio III: câncer invade gânglios vizinhos mais não outras partes do corpo.
Estágio IV: câncer já pode ser encontrado à distância do local original, como no fígado ou nos pulmões.
Recorrente: significa que o câncer retornou após ter sido tratado. A doença pode recorrer no cólon, no reto ou em qualquer outra parte do corpo.

Como é feito o tratamento?

O tratamento depende do tamanho, da localização e da extensão do tumor, bem como das condições gerais de saúde do paciente. Existem vários tipos de tratamento para o câncer colorretal, e, algumas vezes, eles são utilizados em combinação.

Cirurgia

A remoção do tumor é o tratamento mais comum do câncer colorretal. Geralmente, o cirurgião remove o tumor junto com uma parte de cólon ou reto saudável e os linfonodos vizinhos. Na maioria dos casos, o cirurgião é capaz de reconectar das duas porções saudáveis do cólon e do reto. Quando isto não pode ser feito, faz-se uma colostomia temporária ou permanente (na colostomia, as fezes são eliminadas através de uma abertura no abdome e coletadas em bolsas apropriadas). Na colostomia temporária, o intestino é reconectado após um período de recuperação. Em cerca de 15% dos casos, a colostomia é permanente.

Quimioterapia

Consiste no uso de medicamentos para combater as células cancerosas, seja eliminando-as por completo do corpo, ou para controlar o crescimento do tumor, ou, ainda, para aliviar os sintomas da doença. Os medicamentos via de regra são administrados na veia, mas alguns podem ser tomados na forma de comprimidos.

Radioterapia

Consiste no uso de raios X de alta energia para matar as células cancerosas. O efeito é apenas local, atingindo as células cancerosas apenas na área onde se aplica a radiação (na quimioterapia, o efeito é sistêmico, isto é, todas as células cancerosas são afetadas). A radioterapia é bastante utilizada nos casos de cânceres no reto. Os médicos a utilizam antes da cirurgia (para reduzir o tamanho do tumor, facilitando sua retirada) ou após a operação (para destruir células cancerosas que porventura tenham estado na área).

A radioterapia também pode ser utilizada para aliviar os sintomas. O tratamento pode ser aplicado através de uma máquina (Radiação Externa) ou por meio de pequenos implantes radioativos colocados próximo ao tumor (Radiação Interna). Alguns pacientes são tratados com as duas formas.

Imunoterapia

Utiliza o sistema imune para combater o câncer. A imunoterapia é utilizada para estimular ou intensificar a ação do sistema imune contra o câncer. Este tratamento pode ser administrado antes da cirurgia, sozinho ou associado à quimioterapia ou à radioterapia. Via de regra, os medicamentos são injetados na veia do paciente.

Como é feito o tratamento de acordo com o estágio?

• Estágio 0: retirada do tumor ou do trecho do intestino que contêm o câncer.
Estágio I: geralmente o tratamento consiste em remoção do trecho do intestino com o câncer e união das duas pontas (anastomose).
Estágio II: cirurgia (ressecção do intestino), que pode ser seguida de quimioterapia, radioterapia ou imunoterapia, especialmente nos casos em que o tumor já invadiu os tecidos vizinhos.
Estágio III: cirurgia com quimioterapia é o esquema mais praticado.
Estágio IV: a cirurgia com remoção do cólon ou desviando o trânsito intestinal do tumor pode funcionar. Em alguns casos, se possível, remove-se partes de órgãos acometidos por metástases. A radioterapia e a quimioterapia ajudam a aliviar os sintomas.
Câncer Recorrente: quando o câncer retorna em apenas uma parte do corpo, pode-se operá-la e retirar o tumor. Se o câncer se espalhou por diversas partes do corpo, opta-se pela quimio e/ou radioterapia.

Quais os efeitos colaterais do tratamento?

Os efeitos colaterais do tratamento dependem do tipo de tratamento e podem ser diferentes de pessoa para pessoa. A maioria dos efeitos colaterais é temporária.

Câncer Colorretal: efeitos colaterais dos tratamentos

Cirurgia

Dor e perda da sensibilidade no local da operação. A cirurgia do câncer colorretal também pode causar constipação ou diarréia temporários. A pele na borda da colostomia pode ficar irritada.

Quimioterapia

O tratamento afeta tanto as células cancerosas como as células normais. Os efeitos colaterais dependem do tipo de medicamento e da dose administrada. Incluem náuseas, vômitos, queda de cabelo, diarréia e fadiga, entre outros. Podem ocorrer infecções ou sangramentos.

Radioterapia

Como a quimioterapia, também termina afetando as células normais. Os efeitos colaterais dependerão da dose de radiação empregada e da parte do corpo que está sendo tratada. Os efeitos colaterais mais comuns são fadiga, alterações da pele no local tratado, diminuição do apetite, náuseas e diarréia. Algumas vezes, a radioterapia pode causar sangramentos pelo reto.

Imunoterapia

Os efeitos colaterais variam de acordo com o tratamento específico, mas o mais comum são os sintomas tipo gripe, com calafrios, febre, fraqueza e náuseas.

Como é feito o acompanhamento?

O acompanhamento com exames regulares ajudam diagnosticar precocemente o retorno do câncer. Estes exames incluem toques retais e exame físico completo, pesquisa de sangue oculto nas fezes, colonoscopia, radiografias de tórax e exames de sangue. Qualquer alteração deve ser comunicada imediatamente ao seu médico.

O que perguntar numa consulta quando se suspeita de câncer no cólon ?

Um diagnóstico de câncer representa sempre um grande impacto na vida de uma pessoa. Valores são repensados e a sensação de perda e impotência podem impedir que o indivíduo encare objetivamente suas dificuldades. Algumas perguntas devem constar na consulta ao médico especialista – além de ajudar a compreender a doença e diminuir o grau de apreensão, elas são importantes para o seu tratamento e a avaliação do risco de seus familiares.

• Quais testes podem diagnosticar o câncer colorretal ?
• Estes testes são dolorosos ?
• Quando saberei os resultados ?
• Meus filhos e outros parentes apresentam um risco aumentado de câncer colorretal ?
• Em qual estágio se encontra o meu câncer ?
• Quais são os tratamentos recomendados neste momento ?
• Eu vou precisar de uma colostomia ?
• Se a colostomia for necessária, ela será permanente ?
• O que acontecerá se eu recusar o tratamento sugerido pelo médico ?
• Vou precisar permanecer no hospital para receber o tratamento ? Caso sim, por quanto tempo ?
• Que hábitos terei que mudar durante o tratamento ?
• Após o tratamento, de quanto em quanto tempo preciso fazer a revisão ?
• Quais os efeitos colaterais do tratamento proposto ?

Em algumas ocasiões, o médico não será capaz de responder a todas estas perguntas, mas saber que o paciente está interessado em participar ativamente do tratamento serve como estímulo adicional para o médico assistente.

Como prevenir?

Converse com seu médico sobre os riscos e benefícios de realizar exames de triagem para o câncer colorretal. Existe uma certa controvérsia com respeito à freqüência com que pessoas que não apresentam fatores de risco devem ser triadas e qual método de detecção deve ser utilizado nestes casos. Os pesquisadores propõe o esquema que se segue:

• Pessoas com mais de 50 anos de idade, sem sintomas ou história familiar de câncer colorretal ou pólipos benignos, devem se submeter a um toque retal e fazer uma pesquisa de sangue oculto nas fezes a cada ano. A cada 5 anos, recomenda-se uma retossigmoidoscopia. Se forem encontrados muitos pólipos ou pólipos com mais de 6 mm de tamanho ou com sinais pré-cancerosos, indica-se colonoscopia. Nos casos em que nada se encontra, recomenda-se uma colonoscopia a cada 10 anos.

• Pessoas sem sintomas mas com um ou mais parentes de primeiro grau com câncer de cólon (e uma possível história familiar de pólipos colorretais benignos), devem fazer o esquema anterior associado a uma colonoscopia a cada 5 anos a partir dos 40 anos ou o quanto antes.

• As pessoas com história de polipose adenomatosa familiar ou carcinoma colorretal hereditário devem submeter-se a um toque retal e a uma colonoscopia a partir dos 10 anos de idade. Esta deve ser repetida a cada 2 ou 3 anos, se não existirem mais pólipos, ou anualmente, caso existam pólipos no intestino grosso..

• Adultos de qualquer idade sem uma história familiar mas com sintomas de câncer colorretal (incluindo sangramento, dor e anemia) devem submeter-se a um toque retal e fazer uma pesquisa de sangue oculto nas fezes, retossigmoidoscopia ou colonoscopia, de acordo com o caso. Se os resultados forem negativos, estes pacientes devem ser examinados a cada 3 ou 5 anos. Na presença de pólipos, deve-se repetir a colonoscopia anualmente.

As pessoas com doença de Crohn ou colite ulcerativa devem fazer uma colonoscopia anualmente.

Câncer Colorretal: como prevenir

Aspirina e outros antiinflamatórios não-hormonais (AINH)

Acredita-se que as enzimas Ciclooxigenases (COX 1 e COX 2) promovam o crescimento de cânceres colorretais através da produção de prostaglandinas. É possível que medicamentos capazes de inibir a formação de prostaglandinas, como a aspirina e outros antiinflamatórios não-hormonais, tenham um efeito benéfico neste sentido, retardando o crescimento destes tumores.

Dieta

Quanto mais frutas e vegetais, melhor. Brócolis, espinafre, tomate, melão, laranja, batata doce, cereais, cenoura e tangerina são os campeões no quesito proteção. O Licopeno, um nutriente encontrado no tomate e em outras frutas e vegetais vermelhos, parece ser um produto químico extremamente poderoso contra o câncer de cólon – e sua ação aumenta quando cozido.

Fibras

Ainda não está bem determinado se uma dieta rica em fibras realmente confere proteção contra o câncer colorretal, mas as fibras fazem bem para o coração e devem apresentar outros benefícios.

Gorduras e Proteínas

Os ácidos graxos presentes nas carnes vermelhas aumentam o risco de câncer colorretal. Quanto mais cozida a carne, pior. O peixe é o que oferece o menor risco, e o azeite de oliva parece conferir alguma proteção.

Açúcar e calorias

Quanto maior a quantidade de calorias ingeridas, maior o risco de câncer colorretal.

Leite

Acredita-se que produtos derivados da fermentação do leite (como os iogurtes) possuem compostos que protegem contra o câncer colorretal. A vitamina D também tem se mostrado benéfica.

Vitaminas

A maioria dos pesquisadores não encontrou qualquer proteção adicional com o uso de suplementos vitamínicos. Porém, estudos recentes mostram que pode haver um fator de proteção associado à Vitamina B12 (também chamada de folato). A Vitamina B12 converte o aminoácido chamado Homocisteína em um composto chamado Metionina, um produto químico que protege certos genes que atuam evitando a malignização das células.

Café

Pesquisas indicam que beber 4 ou mais xícaras de café por dia associa-se a um risco menor de câncer colorretal.

Exercícios

A prática desportiva regular, ainda que moderada, reduz os riscos de câncer colorretal.

Estrogênios

Pesquisas indicam que a terapia de reposição hormonal com estrogênio reduz o risco de câncer colorretal em mulheres na menopausa – porém, o estrogênio aumenta o risco de câncer uterino. Não se sabe se as terapias contendo progesterona possuem o mesmo efeito. O uso de contraceptivos orais (pílula) também parece exercer efeito protetor.

Estatinas

São drogas utilizadas para reduzir os níveis de colesterol no sangue. Pesquisas iniciais sugerem que elas possam ter um efeito de proteção contra o câncer colorretal.

Copyright © 2012 Bibliomed, Inc. 19 de março de 2012