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Sexo no carnaval: cuidado com as DSTs!

© Equipe Editorial Bibliomed

Neste artigo:

- Introdução
- As DSTs mais frequentes
- Gonorréia
- Sífilis ou Lues
- Cancro Mole ou Bubão
- Tricomoníase
- Herpes Genital
- Condiloma, acuminado ou crista de galo
- Cândiase ou Flores Brancas
- AIDS
- Clamidea

Das antigas marchinhas de carnaval até os trios eletricos de hoje, correu muita água debaixo da ponte. Antes os jovens flertavam e hoje a galera fica.

O ficar depende de cada um, mas é importante concientizar -se dos riscos para ficar tranquilo.

Introdução

Desde um beijo até a própria transa tudo deve basear se em cuidados, para não correr riscos sem motivos.

As doenças de transmissão sexual também se modificaram ao longo dos anos. Umas persistem até hoje e outras infelizmente apareceram.

Se incrementaram tanto ao longo dos anos que até mudaram de nome, de doenças venéreas, como eram conhecidas no tempo das marchinhas agora se chamam DSTs, ou doenças sexualmente trasnmissiveis, encabeçadas pela mais amedrontadora de todas que é a Aids.

As DSTs são um grande problema de saude pública em todo o mundo, mas podem ser prevenidas e controladas.

Existem inúmeras doenças transmitidas através do ato sexual que eram chamadas de doenças venéreas e agora tem a denominação de Doenças Sexualmente Transmissíveis, conhecidas pela abreviação DSTs. As DSTs são um grande problema de saúde pública em todo o mundo, mas podem ser prevenidas e controladas.

Desde o fim da década de 80, várias alterações relacionadas as DSTs ocorreram em todo o mundo. Constatou-se que em todos os países o aumento da transmissão heterossexual do HIV (vírus da AIDS) era facilitada pela infecção anterior ou concomitante de outras DSTs; As autoridades sanitárias tiveram evidências incontestáveis de que o controle abrangente e consistente das DSTs na comunidade previne a transmissão do HIV da AIDS.

Na década de 70 a faixa etária de pacientes com problemas relacionados às DSTs situava-se acima dos 30 anos. Atualmente, a média baixou para 12 anos. A incidência mais comum do setor nos últimos anos tem sido o papilomavírus humano (HPV), responsável por mais de 60% das ocorrências de DSTs no Brasil (seguindo-se a sífilis e as uretrites não-gonocócicas).

A estimativa da Organização Mundial de Saúde é que surjam 30 milhões de novos casos de DSTss por ano na América Latina. No Brasil, estima-se em 15 milhões essa ocorrência. Entretanto, esse número pode estar aquém do número real, já que as únicas doenças de notificação compulsória que os médicos devem avisar, obrigatoriamente ao Governo, são a sífilis congênita e a AIDS.

As DSTs mais frequentes

As DSTss são transmitidas de uma pessoa para outra através do contato sexual, sendo as mais frequentes:

Gonorréia: é uma infecção causada por uma bactéria Neisseria gonorrhoeae. No homem aparece uma secreção purulenta de dois a dez dias após o contato sexual suspeito, com dor e ardência ao urinar. É uma infeção só da uretra (uretrite). Na mulher tem aspecto clínico variado desde formas quase sem sintomas até vários tipos de corrimento amarelados e com odor forte na vagina (vaginite) e uretra. A infecção não tratada avança para os testículos (orquite) e a próstata (prostatite) no homem e trompas e útero nas mulheres. Em ambos os sexos, pode gerar dores e infertilidade. A mulher infectada transmite a doença para o filho durante o parto, podendo resultar em infeção nos olhos do bebê e cegueira.

Sífilis ou Lues: é uma infeção causada por uma bactéria espiroqueta Treponema pallidum. No homem e na mulher 20 a 30 dias após o contato sexual surgem uma pequena ferida (úlcera) nos órgãos genitais (pênis, vagina, colo do útero, reto). Essa úlcera também é chamada de cancro duro (que vem junto com os gânglios (caroços) na virilha) e ambos desaparecem em um mês, dando a falsa impressão que a doença sarou. Surgem depois de 1 a 2 meses manchas na pele (sífilis secundária) que pode progredir agredindo o sistema nervoso e o coração. As gestantes com sífilis podem ter abortamentos, natimortos ou fetos com problemas de má formação.

Cancro Mole ou Bubão: é causada por uma bactéria chamada Haemophilus ducrey. Neste caso, surgem várias feridas nos genitais (que são doloridas) e na virilha. A secreção dessas feridas podem contaminar diretamente, sem ter relações sexuais, outras pessoas e outras partes do corpo.

Tricomoníase: é causada pelo protozoário Trycomona vaginalis. Na mulher causa um corrimento amarelo, fétido, com cheiro típico, que pode causar irritação urinária. No homem passa despercebido, mas mesmo assim ele pode contaminar e ser contaminado pela mulher. O casal deve fazer o tratamento concomitante.

Herpes Genital: é causada pelo vírus Herpes simplex 1 e 2. Em ambos os sexos surgem pequenas bolhas que se rompem e causam ardência ou queimação (mas, que cicatrizam sozinhas). Aparecem e desaparecem expontaneamente regulada por estresse ou cliclo menstrual. Não há cura definitiva. O contágio sexual só ocorre quando as bolhas estão no pênis, vagina ou boca.

Condiloma, acuminado ou crista de galo: é causado por um vírus HPV ou papilomavírus humano. É uma virose que está relacionada com o câncer de colo do útero e câncer do pênis. É uma doença de difícil tratamento pois, como os anti-bióticos não atuam contra o vírus, precisa ser um medicamento anti-vírus como é usado na AIDS. É caracterizada por uma pequena verruga nos órgãos genitais tanto do homem como da mulher. O tratamento é do casal. Uma mulher com esse vírus deve evitar ficar grávida, pois o filho será contaminado com graves conseqüências. Apresentando mais de noventa tipos diferentes, o HPV provoca verrugas genitais, que muitas vezes agridem o colo do útero, podendo levar ao câncer. O HPV 16, por exemplo, é extremamente agressivo, proliferando-se intensamente nos genitais e no colo uterino até em pacientes de 15 anos, já com câncer no colo do útero provocado pelo HPV.

Cândiase ou Flores Brancas: é uma doença causada por uma micose ou fungo chamada de Candida albicans, que produz um corrimento semelhante a um leite coalhado que causa muita coceira e afeta 20 a 30% das mulheres jovens e adultas. Surge com a gravidez, com a puberdade, diabetes, estresse e antibióticos. No homem dá coceira no pênis, vermelhidão na glande e no prepúcio. Deve se tratar o casal.

AIDS: é uma doença causada pelo vírus HIV (Vírus da imunodeficiência humana) que é transmitido principalmente pelo esperma, sangue, e leite materno, e há suspeitas de que também pela saliva. O beijo só poderá transmitir o vírus no período que está em alta concentração no sangue de um dos parceiros e o outro tem um ferimento na boca. O sexo oral com um parceiro que tem o vírus, tem maior probabilidade de transmissão da infecção, pois o contato é com o semem, aumentando as chances se houver uma ferida na boca

Clamidea: causada pela Chlamydia trachomatis é considerada atualmente a doença sexualmente transmissível de maior incidência no mundo, podendo atingir homens e mulheres em qualquer fase de suas vidas, desde quando nascem de mães contaminadas ou durante o contato sexual. Nos homens, a principal infecção por via sexual é a uretrite. Essa uretrite tem como característica ser menos purulenta e espontânea do que a gonorréia. Geralmente é matinal e pode demorar dias para se manifestar. Promove em alguns homens disúria (dor ao urinar) e um prurido uretral. Se não identificada e tratada corretamente, pode progredir para uma infecção mais profunda, atingindo os testículos com comprometimento da fertilidade. Nas mulheres, a porta de entrada é o colo uterino. O sintoma, quando ocorre, é um discreto corrimento. As complicações nas mulheres da infecção não tratada são a doença inflamatória pélvica e o aumento do risco de gravidez ectópica (fora do útero, nas trompas). A maioria das pessoas (50% dos homens e 70% das mulheres) infectada não apresenta sintomas ou sinais clínicos, dificultando muito a identificação das pessoas contaminadas. Estas últimas têm um potencial para adquirir sérias complicações, já que na maioria das vezes não procuram cuidados adequados, portando estas infecções duram por longos períodos. Além disso, funcionam como reservatórios e transmitem essas infecções aos parceiros tornando-as um dos principais problemas de saúde pública em todo o mundo.

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