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Varizes: Sedentários Correm Mais Riscos

Pesquisas da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que em cada cinco adultos, um sofre de varizes.

Os especialistas acreditam que as varizes são um dos preços que o homem paga ao próprio organismo por andar sobre dois pés.

O sistema venoso do ser humano - por onde correm cerca de 7 mil litros de sangue todos os dias - não está dimensionado para funcionar tanto tempo em pé.

As mulheres têm a seu favor a vaidade, um ponto positivo para se evitar a evolução da doença. Já os homens, nem tão preocupados com a estética, deixam o problema evoluir e, invariavelmente, tornam-se os casos mais graves. Nas mulheres, o uso de pílulas anticoncepcionais e a gravidez são considerados fatores de risco; nos homens, as causas mais freqüentes são a vida sedentária e/ou longos períodos em pé.

Os primeiros sinais das varizes são o edema no tornozelo e a sensação de peso nas pernas. As veias costumam dilatar-se, o fluxo do sangue torna-se mais lento, e surgem manchas e riscos azulados ou avermelhados. Isto acontece porque as pessoas apresentam perda da função das válvulas internas existentes dentro das veias que direcionam o sangue.

Enquanto as artérias distribuem o sangue pelo organismo, as veias fazem o caminho inverso em direção ao pulmão, onde o sangue é oxigenado. Se a pessoa fica muito tempo em pé, anda pouco, tem excesso de peso, ou uma predisposição familiar para a dilatação vascular, o sistema fica sobrecarregado e o organismo encontra dificuldades para cumprir esta função.

Casos mais graves

A maior parte das pessoas tem problemas nas veias superficiais - aquelas que mais se dilatam e se tornam visíveis sob a pele quando algo vai mal com o sistema circulatório.

São as chamadas varizes primárias. Já as veias profundas, protegidas por feixes de músculos, quando afetadas, têm entre as suas causas problemas ortopédicos, tromboses e anomalias anatômicas.

Além da impressão de peso nas pernas e dos edemas no tornozelo provocados pelo acúmulo de líquidos, os que sofrem de varizes costumam sentir coceira nas pernas no sentido do trajeto das veias, principalmente após permanecer muito tempo em pé.

Os casos mais graves estão sujeitos a evoluir para processos inflamatórios como "flebites", (inflamações nas paredes das veias) e "tromboflebites" (flebite associada à trombose do vaso), que causam fortes dores locais.

O edema constante leva à diminuição do aporte de sangue à pele, pode provocar a destruição do tecido (com formação de úlceras varicosas) e tornam a pele fina e ressecada. Esses problemas, mesmo quando afetam apenas as veias superficiais, podem terminar por atingir as veias do sistema profundo quando não são tratados.

Prevenção e Tratamentos

Para as pessoas que, por imposições profissionais, ficam a maior parte do dia em pé, recomenda-se que coloquem as pernas elevadas por quinze minutos, antes do almoço e no final da tarde.

As mulheres devem evitar o uso de pílulas anticoncepcionais por longos períodos e usar meias elásticas com indicação médica. Deve-se evitar esforços exagerados, como carregar muito peso.

Por outro lado, os exercícios praticados com moderação, como caminhada e natação, previnem a sobrecarga do sistema vascular.

Os sinais e sintomas das varizes são sensações de cansaço, peso, desconforto e queimação nas pernas, acompanhada de edema no tornozelo.

O problema também pode ser detectado quando houver falta de firmeza nas pernas, dor na sola dos pés e câimbras. Para os casos mais graves, principalmente quando as veias profundas estão dilatadas. O tratamento mais eficaz é a cirurgia.

Nos casos de menor gravidade pode ser feita a micro-cirurgia, um pequeno corte na pele por onde a veia é puxada com uma agulha especial. O método usa anestesia local e dispensa pontos. Para as vênulas superficiais, também chamadas de microvarizes, existe um tratamento estético realizado em consultório e chamado escleroterapia.

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