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O Papel da Telemedicina nos Derrames Cerebrais

O acesso imediato a médicos especialistas no tratamento de derrames cerebrais agudos pode fazer com pacientes com derrames cerebrais tenham uma melhor evolução.

O uso da telemedicina - a rápida troca de informações usando os canais eletrônicos - pode ajudar as vítimas de derrames cerebrais (acidentes vasculares cerebrais), disponibilizando as mais recentes opções de tratamento aos hospitais comunitários, mesmo em zonas rurais remotas.

Em artigo publicado no número de novembro da revista Stroke: Journal of the American Heart Association, pesquisadores liderados pelo Dr. Lee H. Schwamm , do Massachusetts General Hospital) e da companhia Partners Healthcare, Inc, avaliaram a disponibilização e a credibilidade do uso da escala de derrames NIH (Nota: National Institutes of Health Stroke Scale) se usada à distância, com os recursos da telemedicina.

Foram avaliados pela equipe de pesquisadores 20 pacientes vítimas de acidente vascular cerebral isquêmico - causado por obstrução de uma artéria que leva sangue ao cérebro.

Todos os pacientes foram avaliados por duas vezes por neurologistas independentes usando a escala NIH, estando um ao lado do paciente e um remotamente, conectado por um link de áudio-vídeo de alta velocidade e auxiliado por uma enfermeira que se encontrava ao lado do paciente.

A avaliação à distância demorou um pouco mais do que a avaliação no local (média de 9.70 versus 6.55 minutos, P<0.001). Na comparação entre as duas avaliações, uma forte correlação foi observada entre ambas, sendo que 10 dos 12 ítens do exame físico tiveram um consenso "excelente" ou "bom" entre os dois especialistas.

Os achados comprovam a possibilidade de se usar a telemedicina para a avaliação à distância dos quadros de derrames agudos; o custo do equipamento para realizar tal tipo de trabalho é da ordem de 10.000 dólares americanos.

Fonte: Stroke. 1999;30:2141-2145

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